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Jó: da riqueza a pobreza e a restauração sobrenatural de sua vida

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    brjatoba92
  • 24 de jun. de 2018
  • 12 min de leitura

Atualizado: 25 de jun. de 2018

Autor: Bruno Rafael Guimarães Jatobá


Texto-base: Jó 2; 3-6


“E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, desviando-se do mal e que ainda retem a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele para consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao SENHOR e disse: Pele por pele e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende porém a tua mão e toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema de ti na tua face!. E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida."


1. Introdução


O livro de Jó, nos seus 42 capítulos, aborda a história desse personagem bíblico em três fases que teve um final de restauração e reafirmando a sua confiança em Deus apesar do que ele passou(perda de bens, família, afastamento dos amigos mais próximos). Em momentos da nossa vida, vemos Jó como um referencial para as nossas vidas, mesmo com as dificuldades que a vida nos proporciona, Deus está no controle e nada ultrapassa o limite que podemos suportar; Ele planejou a dedos o que veremos a enfrentar e nada que pensarmos substitui o plano soberano de Deus. No presente estudo tem como objetivo abordar as caraterísticas de Jó de forma inicial sua vida antes das provações, em seguida as três áreas atingidas, através das indagações de Satanás na tentativa de contrapor a soberania de Deus, e por fim a restauração surpreendente.


2. Jó, um homem íntegro e temente a Deus

“Jó tinha claro em sua mente que o abençoador é maior do que a benção e que o doador é melhor do que suas dadivas”

Nos 5 primeiros versículos do capítulo 1, destaca que Jó era, primeiramente, um homem que se desviava do mal (v.1), ou seja, mantinha sua integridade, com seus valores sólidos “plantados na rocha eterna”,em meio a uma nação corrompida que prestava culto a vários deuses, ele era um diferencial no meio aos seus circunvizinhos o que nos traz uma reflexão que o homem não é produto do meio, como alguns filósofos e sociólogos regem seus estudos e discursos, mas sim o homem que influência o meio em que convive; segundo, mantinha uma vida sem hipocrisia externando seu caráter temente a Deus o que nos ensina que as nossas praticas deve externar da mesma forma que acreditamos e refletir nossa comunhão com Deus; terceiro, Jó se opunha ao pecado não aceitando que dominasse sua vida; em seguida, o texto bíblico afirma que ele era um homem realizado familiarmente e financeiramente (v.2-4), tinha sete filhos três filhas e possuía o status de ser o mais rico do Oriente, apesar de toda a riqueza que adquiriu ao longo de sua vida não deixou que dominasse o seu coração, “Jó tinha claro em sua mente que o abençoador é maior do que a benção e que o doador é melhor do que suas dadivas”, sua maior fortuna era sua família, “ele dedicou o melhor do seu tempo e o melhor do seu coração para investir nos filhos e mantê-los unidos e fiéis” participando de banquetes nas casas de seus filhos que mantinham um forte laço familiar (v.4),“os filhos de Jó aprenderam a celebrar juntos em vez de engalfinhar em brigas e contendas” e “ele costurou o vínculo do amor que manteve os filhos unidos”, isso era resultado da intercessão por meio das orações, Jó incansavelmente orava pela santificação de cada filho para que eles não blasfemassem de Deus oferecendo holocaustos a Deus (v.5) “Jó tinha plena convicção de que Deus havia cercado sua vida e sua família com uma muralha de proteção”.


Após apresentar a vida de Jó, o autor apresenta um dialogo de Satanás com Deus (v.6-12). Em, uma reunião dos filhos de Deus com o SENHOR, segundo estudiosos essa expressão denota que essa reunião aconteceu nas regiões celestiais de Deus com os anjos, e Satanás estava para interrogar a Deus sobre Jó.


Prontamente Deus caracterizou Jó como um homem sincero, reto e temente ao SENHOR e que se desviava do mal (v.8), Satanás que estava rodeando a terra a procura de uma falha de Jó (v.7) tentando atribuir a relação de Jó com Deus a um aspecto meramente de subornação e de interesse (v.9). A função de Satanás é de deturpar o real sentido da adoração espontânea do ser humano com Deus, que não está relacionada a riquezas e conhecimento intelectual mas sim a que parte do nosso coração agradecido por tudo que Deus nos têm feito e planejado para as nossas vidas.


3. As provações de Jó e as teses de Satanás


As provações que Jó enfrentou até a sua restituição, envolveu as suas finanças, a sua família e a sua saúde, em meio a essas tragédias que ocorreram simultaneamente Jó não blasfemou contra Deus ao contrário se humilhou rasgando suas vestes bendizendo o nome do Senhor (Jó 1, 20-22).


Ao longo das provações, Deus atuou como o advogado de Jó frente as acusações de Satanás o que denota que não estamos sozinhos no tribunal promovido pelo promotor de acusação diabo para tentar destruir nossas vidas apresentando supostas falhas.


“Sem que Jó soubesse, Deus o constitui seu advogado na terra colocando em suas mãos não apenas sua defesa mais a reputação do próprio Deus”

Deus jamais deixa seus filhos sozinhos pois ele é soberano e limita o papel do diabo em atacar nossas vidas até o ponto que podemos suportar, o rei do século que provoca as maiores tragédias na humanidade pode somente atuar onde Deus determina.


Satanás, ao longo das provações de Jó levantou três teses:


a) Ninguém ama mais a Deus do que as riquezas:


Satanás tentou, ao pedir permissão a Deus para tocar nas finanças de Jó (v.12), atribuir a característica de Jó como “um homem egoísta, avarento ganancioso, que faz da religião apenas uma plataforma para se enriquecer” e “que ninguém adora apenas por motivos puros, mas sempre por algum interesse ou retorno financeiro”


Satanás, com permissão de Deus, afeta a área financeira de Jó levando a ruína o homem mais rico de sua geração na expectativa de vê-lo blasfemando a Deus ao contrário o viu bendizendo o Senhor e que “Jó estava provando de forma eloquente que sua devoção a Deus não estava baseada no que recebia de Deus, mas no caráter no Senhor” mostrando sua fidelidade (v.21).


Muitos em nosso meio tem se enganado colocando dinheiro, carros e casas acima Daquele que dá origem as bençãos colocando-os como deuses que regem a vida. Devemos combater em nossos ensinos a falsa busca por riquezas no lugar da adoração a Deus visto em algumas denominações “neopetencostais” que afirmam que quem é salvo nunca está sujeito a problemas financeiros e que Deus é o dono do ouro e da prata consequentemente devemos fazer sacrifícios de forma obrigatória para sermos ricos a qualquer custo, substituem o sacrifício de Cristo, eleição dos salvos, graça irresistível por ofertas para uma infinidade de campanhas, dízimos de 20% e 30%, fogueira santa, viagens a Israel, distorcendo passagens bíblicas para obrigar os membros com o pretexto de se não “der o nosso tudo” e contribuirmos para a manutenção do templo e do ministério não seremos dignos da salvação.


A função das riquezas em nossa vida é de sermos auxiliadores dos mais necessitados pois nada que adquirimos levaremos quando morremos, “o homem não trouxe nada para este mundo, nem vai levar nada dele” e “o pobre deve ser socorrido pelo rico, e o rico deve abençoar o pobre, a fim de que haja por parte do pobre gratidão pela generosidade do rico e por parte do rico a alegria de dar, pois mais bem-aventurado é dar do que receber”


Aprendemos com Jó que tudo que possuímos não deve tomar lugar da adoração ao nosso Deus, pois é dele a fonte das bençãos. “Quando o homem entende que tudo vem de Deus e tudo pertence a Deus, não tem dificuldade de colocar esse tudo nas mãos de Deus”


b) Ninguém ama mais a Deus do que sua família


Após a tragédia de perder todos seus bens, Jó recebeu a notícia, por um dos seus servos, que seus dez filhos faleceram em um acidente quando estavam se alegrando, numa confraternização entre si, na casa do filho mais velho (Jó 1, 18-19). O seu maior tesouro na terra era os filhos, que colocava suas orações centradas em que sua descendência crescesse na presença de Deus se afastando de todo o mal, e agora se vê na situação de preparar o funeral simultaneamente, certamente, foi a pior experiência de sua vida mais do que as perdas financeiras e agora vivendo do passado sem perspectiva de futuro, “os golpes tinham sido profundos demais e ele está sem folego para prosseguir”. Esse acontecimento vemos no nosso dia a dia, pais perdem seus filhos cada vez mais cedo antes de verem a sua descendência derem frutos; a promessa de Deus a Abraão em ver sua descendência ser maior do que a areia do mar e temente ao SENHOR (Gn 17, 1-9) é a esperança que rege nossa dedicação na responsabilidade em ensinar nossos filhos a temer a Deus em entregar tudo nas mãos do Todo Poderoso e chegar até o fim das nossas vidas com a certeza que concluímos essa promessa que Deus nos privilegiou.


Jó mesmo sem forças para continuar sua vida não se revoltou contra Deus, ao contrário louvou ao SENHOR (v.20-22) e essa atitude revelou três características que demonstram a sua fidelidade: primeiramente, ele tinha a certeza que seus filhos eram presentes de Deus mostrando para cada um de nós que “eles vieram de Deus, pertencem a Deus e devem ser consagrados a Deus”; segundo, tinha convicção que Deus podia retirar seus filhos de forma soberana para cumprir o plano perfeito do SENHOR na vida dele, certamente Jó compreendia que “até mesmo nas maiores tragédias é Deus quem está no controle” e terceiro, a morte de seus filhos tinha um propósito que supera a dor, que momentaneamente estava passando, a adoração para Deus deve ser a mesma nos momentos alegres e triste sendo incondicional e incircunstancial, “Jó tinha convicção de que devemos adorar a Deus pelos nossos filhos, seja na vida, seja na morte” e “Deus é digno de ser adorado não apenas na hora do nascimento, mas também na hora da morte”


c) Ninguém ama mais a Deus do que a si próprio


No capítulo 2, após as frustrações em não poder comprovar as duas teses anteriores, Satanás novamente pediu uma audiência nas regiões celestiais com Deus. Deus novamente iniciou o dialogo reafirmando as mesmas caraterísticas de Jó (v.3) e dessa vez Satanás alegou que Jó era fiel a Deus por estar bem fisicamente (v.4) na tentativa de alegar que uma possível doença na vida de quem é fiel a Deus seria motivo de reclamarmos a Deus e que ninguém é fiel nos momentos de dor física, “Satanás está propagando que, no sofrimento, os valores do homem mudam” e que o sofrimento de Jó em meio a uma enfermidade na pele (v.5), com certeza, era um ponto forte a ser atingido e que seria um grande motivo para Jó blasfemar contra Deus, assim Deus novamente permitiu a ação do diabo, entretanto, o limitou para preservar a vida (v.6) e sem perder tempo, o acometeu de uma chaga maligna que atingiu completamente o corpo (v.7) causando um grande sofrimento (v.8), foi abandonado pela sua esposa (v.9) e a insensibilidade seus amigos (v.11-13).


Há de se destacar no final do capítulo as atitudes da mulher de Jó e dos três amigos. A esposa de Jó, cujo nome não é evidenciado na bíblia, foi um instrumento de Satanás em um momento de falha ao ver a situação deplorável do seu esposo pedindo para que o mesmo amaldiçoasse a Deus e morrer para acabar com o grande sofrimento (v.9); a resposta de Jó foi a repreender reafirmando que independente da doença que impactava o seu corpo ele não retribuiria a bondade de Deus com o mal e a bíblia afirma que não blasfemou mantendo-se fiel e convicto que superaria essa etapa temporária de sua vida (v.10). Muitos em nosso meio tem por tão pouco reclamado nos momentos de enfermidade atribuindo a Deus todo o sofrimento e “não poucos se afastam de Deus, decepcionados e amargurados”. A solução de muitos para obter a cura é participar de megaigrejas que continuamente pregam, com mais destaque a partir da década de 80 com as correntes da teologia da prosperidade(Benin Hinn, Kenneth Hagin, entre outros) e do movimento de sinais e maravilhas ou terceira onda (Jack Deere, Jhon Wimber, entre outros), uma doutrina que substitui a salvação por intermédio de Cristo fazendo da cura um comércio bastante rentável dentro da igreja através de campanhas da rosa ungida, do azeite milagroso, o sal grosso, arruda, das muralhas de Jericó, da botija da viúva de Sarepta, arca da aliança, manto dos milagres, sete mergulhos de Naamã, em resumo, utilizam elementos que lembram rituais pagãos bem como a retirada isolada de passagens bíblicas de forma errônea e sem aplicação deturpando a expiação do sangue de Cristo por todos os eleitos, eis ai o motivo que essas denominações atraem uma multidão, enquanto igrejas tradicionais que pregam a verdadeira palavra capaz de transformar nossas vidas se veem na situação de cultos de ensino ter pouca gente, precisamos voltarmos a somente crer o que está escrito na bíblia (solus scripturas), pregar e combater os falsos ensinos, pregar sobre arrependimento, o evangelho da cruz, regeneração, santificação, justificação pela fé, vida eterna e juízo vindouro.


Os três amigos de Jó, ao saber do que aconteceu na vida dele, vieram de longe para se solidarizar com Jó mas não imaginava o grau tão alto de sofrimento que estava passando (v.11). A bíblia relata que, nos últimos 2 versículos do segundo capítulo, ao se depararem com o estado inimaginável de um homem que outrora era o mais rico do oriente estava agora entre as cinzas na tentativa de amenizar a dor provocadas pelas feridas ficaram espantados não o reconhecendo e quando souberam que era seu amigo choraram e rasgaram suas vestes em sinal de tristeza (v.12) mas em vez de servir como instrumentos consoladores optaram pelo silêncio durante sete dias (v.13). Passamos por situações em que uma palavra amiga de consolo é mais importante do que a ajuda financeira, alimentos e tratamentos médicos, “só amigos verdadeiros conseguem manifestar amor tão acendrado e demonstrar empatia tão profunda”. O grande erro dos amigos de Jó foi tentar atribuir as tragédias ao fato que Jó supostamente tinha enriquecido ilicitamente, das viúvas e dos pobres, e por ser um adultero motivo este levou as mortes de seus filhos.


“Ser vítima de acusações mentirosas já é um fardo muito pesado, mas ser acusado por amigos é muito mais doloroso. Ser acusado por queles que deveriam estar do nosso lado torna mais grave a nossa dor. Ser acusado injustamente quando estamos no vale da prova, é uma dor indescritível. Jó estava sendo comprimido por todos os lados.”


Do capítulo 3 ao 37 aborda todo os diálogos de Jó com seus amigos e seus argumentos levantados 34 vezes para Deus e entre os capítulos 38 ao 41, Deus saiu do silêncio e respondeu a Jó de forma soberana. O sofrimento de Jó estava terminando, chegou a hora de Deus e transformar completamente a sua vida.


4. Restauração


“... o melhor é ser agradecido a Deus independente do que houver e que nos momentos de dificuldade nunca estar contra ao SENHOR pois ele tem o melhor para cada um de nós."

No último capítulo, após o dialogo de Deus, Jó se humilhou perante o SENHOR reconhecendo que os seus questionamentos eram muitos minúsculos perante o propósito das provações que Deus consentiu que passasse (v.1-6) permitiu que Jó atravessasse para primeiramente destruir todas as teses que Satanás tentou provar contra Deus, que tentava afastar Jó da presença de Deus, e segundo para engrandecer Jó reconhecendo a sua fidelidade ímpar. “Quando Deus rompeu o silêncio não respondeu sequer a uma das perguntas de Jó”, isso revela que há momentos que o SENHOR não deixa claro o porquê e não somos dignos de obter respostas pois “Deus é livre e soberano fazendo o conselho de sua própria vontade” e seus caminhos e pensamentos são infinitamente maiores do que os nossos.


O início de sua restituição foi a partir da ordenação de Deus para que os amigos de Jó intercedesse por ele, por meio de holocaustos, e Jó orasse para que o SENHOR perdoasse o mal que praticaram contra Jó (v.7-9). Após a oração de Jó pelos seus amigos, Deus tirou seu cativeiro e de forma soberana devolveu em dobro tudo o que tinha perdido (v.10), primeiramente restituiu a sua saúde, em seguida a sua família com a volta de seus irmãos e irmãs o consolando pelo sofrimento que passou (v.11), recuperou seus bens (v.12) e a restauração do seu casamento gerando sete filhos e três filhas (v.13-15) e foi privilegiado de ver sua descendência até a quarta geração até sua morte (v.16), com certeza, Jó transmitiu para todos a sua história de sofrimento que ele enfrentou e sua restauração para seus novos filhos, netos, bisnetos, trinetos bem como a sua parentela, seus servos e amigos ensinando que o melhor é ser agradecido a Deus independente do que houver e que nos momentos de dificuldade nunca estar contra ao SENHOR pois ele tem o melhor para cada um de nós.


Ao final do presente estudo, compreendemos que Deus tem um plano em cada provação que somos submetidos, as lágrimas, dores e decepções no final de tudo resultará em alegria e restituição. Mesmo que Satanás venha tentar nos destruir colocando em dúvida acerca da nossa fé, atribuindo que subornamos a Deus para que sejamos dignos de sermos abençoados, “sairemos mais crentes, mais fortes e mais perto de Deus”.


“A soberania de Deus não pode se abalada por ataque de Satanás, nem nossa segurança em Deus pode ser estremecida por esse ataque”

“Nada nem ninguém, nem agora nem no porvir, pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Estamos firmados e seguros nele, e isso nos basta!” (Rm 8, 38-39)


Referencias


Biblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Almeida Corrigida


Lopes, H.D. As teses de satanás – Descubra como a história de Jó pode ajudar a enfrentar os desafios de hoje. Editora Hagnos, São Paulo, 2014, 88 p.


Lopes, H.D. e Casimiro, A.D. Revitalizando a igreja na busca por uma igreja viva, santa e operosa. Editora Hagnos, São Paulo, 2012, 141 p.



 
 
 

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