CULTIVANDO E PRATICANDO A HUMILDADE: A ATITUDE DO CRISTÃO EM COMBATER A ARROGÂNCIA

Autor: Bruno Rafael Guimarães Jatobá

Texto-base:

Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata! Os retos fazem o seu caminho desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma. A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. (Pv 16.16-18)

1. Introdução:

Convivemos em uma sociedade cada vez mais ligada ao materialismo que faz com o que as pessoas percam o sentimento de humildade com o próximo levando muitas vezes a se sentirem superiores ao demais pela possibilidade de conseguir adquirir bens deixando se dominar pela soberba caracterizada pela falta de sabedoria nas atitudes. A humildade, para o verdadeiro cristão, deve ser uma pratica constante no dia-a-dia nos relacionamentos dentro e fora da igreja contrastando com a arrogância a qual deve ser combatida constantemente.

2. Humildade e sabedoria:

“Devemos sempre agir de forma humilde e sabia para com as pessoas a nossa volta e que deva ser uma virtude zelosamente cultivada”

A humildade pode ser entendida como a ausência completa do orgulho e rebaixamento voluntario por um sentimento de fraqueza ou respeito. A humildade está associada a uma consciência de que tudo o que temos ou somos vem de Deus agindo com sabedoria contrastando com a soberba (Pv 11.2). Esse modo de agir na nossa vida com temor ao Senhor é recompensado (Pv 22.4) e honrado a quem a coloca em pratica (Pv 14.31) e receber da graça fazendo com o que tornemos mais próximos de Deus auxiliando nas diversas situações da nossa vida (Pv 3.34; Tg 4.6). O justo é capaz de agir com humildade e sabedoria sendo habilitado para decidir de forma correta situações muito difíceis, a exemplo do Rei Salomão, que a pediu para governar Israel com justiça (I Rs 3. 7-10) e que influenciasse a toda a nação (Pv 1.1-3), revelando que o todo o juízo vem do Senhor (Pv 29.26). Devemos sempre agir de forma humilde e sabia para com as pessoas a nossa volta e que deva ser “uma virtude zelosamente cultivada” constantemente fazendo com o que evitemos o caminho mal (Pv 16.17) e viver em integridade (Sl 140.13).

3. Contrapondo a arrogância:

A arrogância é fruto do orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas. O orgulho foi o principal fator da queda de Satanás, por querer tomar para si a gloria de Deus (Is 14.12-14). Caracterizada como um indivíduo que age de forma insensata, sem lucidez e bom senso, o arrogante não possui domínio próprio (Pv 27.12) não controlando sua própria vontade, deixando dominar pelo orgulho (Pv 16.5). São pessoas que não são confiáveis por serem perigosas para relacionamento social por agirem com falsidade e com palavras desagradáveis (Pv 26.18-22), não tendo a sensibilidade dos prejuízos de suas ações devido não ter humildade em seu sistema de valores praticando assim a injustiça e agir dessa forma faz com o que a presença do Senhor fique extinta em nossas vidas. Devemos combater a arrogância com a humildade confrontando esse sentimento com a palavra de Deus.

4. Lidar com a riqueza e a pobreza de maneira sabia e humilde

“...não esqueçamos da nossa origem em tempos de bonanças e a observação da palavra de Deus...”

O fator econômico não pode ser um parâmetro avaliador de uma pessoa ser ou não humilde. A riqueza pode ser resultado das bênçãos de Deus em nossas vidas (Pv 28.19,20) podemos utilizar o exemplo do Rei Salomão que, apesar de ter sido muito rico, não deixou que isso tomasse o lugar da busca incansável pela sabedoria de Deus ao longo de sua vida, com isso aprendemos que a humildade não deve ser desprezada quando tivermos condições de adquirimos (Pv 10.22) o que desejamos para nossas vidas cuidado esse se não for observado agiremos como os arrogantes (Pv 18.23), portanto, não esqueçamos da nossa origem em tempos de bonanças e a observação da palavra de Deus é essencial para que pratiquemos a humildade (Tg 1.25; Lc 11.28).

A pobreza é comumente associada ao contexto sócio-econômico-histórico (Pv 28.6) mas também pode ser resultado da preguiça bem como o desperdício com coisas vãs da vida (Pv 29.3). A preferência em associar a humildade a pessoas pobres consiste em que elas mesmo sem ter uma vida confortável agem de forma a discernir com sabedoria (Pv 28.11) por saber que “os valores divinos são melhores do que a riqueza” (Pv 22.1; 23.5). O fato de uma pessoa tenha uma vida socioeconômica pobre não impede que ela se torne posteriormente rica, sendo necessário que a mesma batalhe para conquistar e sempre manter a humildade em sua vida.

Conclusão

Tratar sobre a humildade frente a arrogância é um assunto muito importante para a nossa vida cristã e que devamos sempre combater todas as coisas que nos levem a sermos soberbos e que a pratica da sabedoria esteja em nossas vidas “cultivando a virtude da humildade” no nosso dia-a-dia contrapondo ao que é ditado pela sociedade atual cada vez mais sedenta pela riqueza a qualquer custo e esquecendo do sentimento humano de ajudar o próximo e sempre buscarmos pelo caminho da justiça (Pv 8.20) de forma sabia. Oremos constantemente ao Senhor para que não percamos a essência de humilde em toda as situações que enfrentaremos demonstrando o nosso caráter de verdadeiro cristão.

Referências bibliográficas:

Almeida, J.F. Bíblia de Estudo Pentecostal – Antigo e Novo Testamento, CPAD, 1995.

Gonçalves, J. Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa. Lições Bíblicas – Jovens e Adultos (4º Trimestre), CPAD, 2013.